"O meu sonho é ter um penteado como o do Nuno" - (terá dito) Marcelo Rebelo de Sousa "O Zé precisa do Nuno" - José Sá Fernandes durante um sonho molhado "I me Nuno" - Verdadeiro título de canção dos Beatles

quinta-feira, novembro 29, 2007

Tens QI curto e carteira larga? Junta-te ao CDS!

João Almeida tem um sucessor à altura!

A imitação da semana



Quero ver como será no final do Euro2008...

Um gajo gosta de ler estas coisas, pá

O camarada Speeder_76 recomenda este blog, como se pode ver por aqui. Vindo de tão bom comunicador sobre a bela modalidade que é o automobilismo, só posso é ficar contente.

Lufa lufa

Rali Casinos do Algarve, viagem para Lisboa, corrida de karts em Leiria, ida para Coimbra, aniversário do meu irmão, um jantar de despedida. Com toda esta acção nos ultimos dias, é natural que a produção bloguística se ressinta. Mas também há vida para além disto.

terça-feira, novembro 20, 2007

A época de F1 em 2007 (para leigos) - Toyota Motorsport

(Trulli no GP do Bahrein)

Muitas vezes, quando se vê comida a ser desperdiçada, objectos que ainda poderiam ser arranjados, a irem para o lixo, e outras situações de desperdício que tais, pensamos se quem praticaria tais actos não estaria interessado em dar o que lhes sobeja a alguém que necessite. Essa reacção na F1 é provocada pela Toyota.
O colosso japonês está na F1 desde 2002, com a ideia de chegar aos título. Contudo, nem uma vitória ainda conseguiu almejar, não obstante o facto de desde então ser a equipa com o maior orçamento!! O que peca na organização sediada em Colónia é que os japoneses tentam implantar a "Toyota way" na metodologia para singrar na F1. E isso de todo não se aplica nesse meio específico. Com uma gestão desportiva dividida entre três responsáveis, uma direcção técnica acéfala, com o mais alto graduado a ser um homem que pertenceu ao sector dos pneumáticos (Pascal Vasselon, ex.Michelin) e uma dupla de pilotos que já passou a sua idade de ouro, este mundial nunca seria algo de recordar para a Toyota.
Mais para mais, o carro, estava como certos jogadores de futebol diriam, nem nem mau, antes pelo contrário... A insistência em utilizar a geometria de suspensão "zero keel" à frente voltava a comprometer o real desenvolvimento do carro, pois a sensibilidade dos pilotos é afectada (o Gary Anderson explica isto melhor no Autosport desta semana).
Nas pistas, os TF107 pouco ou nada brilharam, com Trulli a suplantar Ralf Schumacher na grande maioria das provas. O alemão foi uma das, senão mesmo a maior desilusão desta época, não justificando nem de longe, porque era o segundo piloto emt ermos de quem ganhava mais no plantel da F1. 25 milhões de euros ao ano para andar a arrastar-se. Deixem-me ir para o ginásio treinar os músculos do pescoço e farei o mesmo que o irmão mais novo do grande Michael Schumacher.
Ah e a vergonha da Toyota adensa-se pois os Williams, que dispunham do mesmo motor (e quiçá atrasado em um ou duas evoluções) sempre lhes deram na pá. Até mesmo o Wurz!

Para 2008:
Trulli fica e Ralf vai, entrando para o seu lugar o campeão título da GP2 e ex. piloto de testes da BMW, o jovem alemão Timo Glock. Sempre servirá para espicaçar um Jarno Trulli que deverá entrar para a sua última época na F1, ele que já conheceu mais rapidez na sua condução. Quanto ao TF108, não deverá ser a maior invenção depois da roda, pois a equipa técnica mantém-se a mesma. Já no departamento de motores, a equipa dirigida por Luca Marmorini deverá continuar a realizar o bom trabalho desenvolvido até agora. Mas não se espere grande sucesso por parte da Toyota. Em entrevista a Luis Vasconcelos (do Autosport), Tadashi Yamashina, o homem com mais poderes dentro da equipa, referiu que tinha estudado durante a época que passou qual a melhor opção de abordagem: se à maneira pura e dura ocidental, se seguindo o "Toyota way", escolhendo esta última. Portanto, os rumores que começam a apontar para o abandono da Toyota dentro de alguns anos caso os resultados não melhorem , são cada vez mais imbuídos de verdade. E ainda bem, faz-me confusão desperdiçar-se tanto dinheiro...

Está de chuva

quinta-feira, novembro 15, 2007

Lesiona-te, lesiona-te, lesiona-te....


Não é meu costume desejar mal aos jogadores da bola, mas é que acho que este moço não deve jogar pela nossa selecção. Uma coisa são os casos do Nani ou do Makukula (só para dar alguns exemplos) que cresceram em Portugal, enquanto que este veio para cá já marmanjo. Ainda por cima numa posição em que Portugal tem montes de opções válidas!! Ricardo Carvalho, Jorge Andrade, Ricardo Rocha, Tonel, Bruno Alves, Fernando Meira ou José Castro, entre mais uns quantos dariam bem conta do recado. Daqui a nada naturaliza-se o Ricardo Teixeira da CBF, para ser o substituto do Madaíl, não?

segunda-feira, novembro 12, 2007

A única vantagem que o Fernando Santos proporcionou ao Benfica

Um esboço de playlist

Na casa da sócia, perguntavam o que se tinha tocado nesse grande happening musical que sucedeu o sábado à noite. Eis aqui uma lista de memória do que eu passei:

Andy Williams - Music to watch the girls go by
Gram Parsons - Ooh Las Vegas
Iggy Pop - Lust for life
My Bloody Valentine - You made me realise
Smiths - Sweet and tender hooligan
Joy Division - Transmission
Stereolab - International colouring contest
Pop dell'Arte - My funny Ana Lana
GNR - TV Mural
Buzzcocks - What do I get?
Sex Pistols - Pretty vacant
Nirvana - Polly (new wave)
Adverts - Gary Gillmore's eyes
Stone Roses - Love spreads
Yeah Yeah Yeahs - Honeybear
Gogol Bordello - Mala vida
Jefferson Airplane - Somebody to love
Calexico - Untitled III
Stray Cats - Rock this town
Rakes - Terror!
Johnny Cash - Folsom prison blues
Killing Joke - Eighties

E mais umas quantas de que não me lembro agora...

Siga-se a doutrina...

domingo, novembro 11, 2007

A época de F1 em 2007 (para leigos) - Scuderia Toro Rosso

(celebrando o melhor resultado da época, no GP da China)

A época da Scuderia Toro Rosso foi das mais erráticas de do plantel em 2007. As características da equipa ajudaram a isso. Sendo basicamente a extenção italiana da Red Bull, a Toro Rosso limitou-se a receber os restos da "casa-mãe", com a diferença de que este ano recebeu o mesmo chassis (o que fez com que a Spyker protestasse os seus resultados), mas teria de ficar com o motor Ferrari. Tendo em conta que o RB3/STR02 foi idealizado para o motor Renault, logo aqui havia um pequeno revés técnico.
Por falar em técnica, a Toro Rosso basicamente continuou a ser um receptáculo do que viesse das instalações de Milton Keynes, com Faenza a limitar-se a montar peças e pouco mais. Daí que Gabriele Tredozzi, que tinha ficado por lá mesmo depois da venda da compra da Minardi (convém lembrar que a Red Bull comprou a antiga escuderia italiana para formar a Toro Rosso), decidiu demitir-se do seu cargo de director técnico, pois pouco ou nada fazia. Para seu lugar foi contratado Giorgio Ascanelli, ex-Ferrari e Maserati, mais ligado à gestão de operações.
Por falar em gestão, este foi outro dos pontos fracos da Toro Rosso. Fruto da partilha Red Bull/Gerhard Berger, e apesar de haver na maior parte das vezes consenssos, ainda assim algumas dúvidas houve, sobretudo a nível de escolhas de pilotos. E tendo em conta que Berger nunca conseguiu encontrar os patrocínios que disse arranjar, teve de levar com Scott Speed, imposição da Red Bull. O americano e Liuzzi podiam muito bem ganhar o título de dupla mais errática do ano, com Speed a fazer um ou outro erro ocasional e Liuzzi, claramente um piloto com mais talento que o californiano, a deixar-se bater umas quantas veze, fruto da desmotivação, em muito instigado por Berger e Franz Tost, (o representante da Red Bull no topo da equipa), muito interessados em arranjar novas vagas na equipa. Tanto assim foi que, no final do GP da Europa, Speed chega mesmo a vias de facto com Tost, saindo pouco depois da equipa.
E a seguir vem uma benção chamada Sebastian Vettel.
O (muito) jovem alemão tinha-se estreado em GP's esta época depois de substituir o azarado Kubica na BMW, no GP dos EUA, tornando-se logo aí o mais jovem piloto a amealhar pontos no Mundial de F1. Sendo ele piloto Red Bull, e o que mais dava nas vistas, foi imediatamente chamado para tomar o lugar de Speed. Ora em pouco tempo, começa a equilibrar jogo com Liuzzi, para chegar ao cúmulo de estar em posição de ir ao pódio no GP do Japão! Claro que aí a sua juventude e inexperiencia em condições tão copiosas vieram ao de cima, com a sua corrida acabar numa colisão com Mark Webber. Para ajudar ao melodrama no seio da equipa, Liuzzi termina a prova nos pontos, mas é penalizado e baixa para nono...
Só que a corrida seguinte (China), as condições atmosféricas também não vão ser as melhores, e a equipa vai fazer uso disso, com Vettel a obter um extraordinário 4º lugar (a melhor posição de sempre da equipa, mesmo voltando à memória da Minardi) e Liuzzi a conseguir trazer o carro na sexta posição, mesmo tendo sido completamente acossado pelo BMW de Nick Heidfeld. Os pontos da época estavam feitos, e numa só corrida a escuderia italo-austríaca passa Spyker, Super Aguri e Honda na tabela de construtores. Mas se não fosse o efeito Vettel, esta poderia ter sido uma época deveras anódina para os rapazes de Gerhard Berger e Franz Tost.

Para 2008:
A gestão da equipa mantém-se apesar dos constantes rumores que apontam para Nicolas Todt ou Tony Teixeira a comprarem parcial ou totalmente as acções da equipa. Quanto a pilotos, Liuzzi sai para dar lugar a Sebastien Bourdais, que recebe assim finalmente a oportunidade de se mostrar ao mundo da F1, depois do bem sucedido "exílio" nos EUA (4 títulos na ChampCars). A opinião deste vosso escriba é que vai levar na pá do Vettel...
E a posição final no campeonato deverá ser mais ou menos a mesma deste ano...

Il Paparazo

Adolfo Luxúria Canibal, poucos momentos depois de ter degustado algo na barraca do McDonalds que estava no recinto de Paredes de Coura. A seguir a este episódio, comecei a prestar mais atenção ao Rui Reininho.

Almada é Frankfurt

No Telejornal de ontem, Judite de Sousa referia-se a um concerto no Pavilhão Atlântico de uma banda chamada "Da Vísel". Quer dizer, já não bastava aos rapazes dos irmãos Nobre tocarem hip-hop, como ainda recebem um toque alemão? Será que os "Dialectos de ternura" fazem lembrar o DJ Bobo ou o Frank Farian?

quinta-feira, novembro 08, 2007

Relações internacionais

Qual é o livro favorito do casal McCann?

"Onde está o Wally?"

A época de F1 em 2007 (para leigos) - Super Aguri Formula 1 Team

( Anthony Davidson, Aguri Suzuki e Takuma Sato, na apresentação do SA07, GP da Austrália 2007)

Imaginem que davam roupa velha a um pobrezito. E o gajo ao envergar as "novas" vestes, mandava mais estilo do que vocês com as últimas tendências das multinacionais espanholas de pronto-a-vestir. Foi mais ou menos o que se passou entre a Super Aguri e a Honda esta época.
Pelo menos na primeira parte da temporada, a equipa satélite do construtor nipónico deu mais nas vistas que os carros da casa-mãe, com Takuma Sato a levar o SA07, nada mais nada menos que o chassis de 2006 da Honda revisto e melhorado, a fazer pequenos brilharetes. A coroa de glória será o GP do Canadá, onde, apesar de todas as circunstâncias algo especiais, Sato obtém um brilhante 6º lugar, dando-se ao luxo de ultrapassar o Mclaren de Alonso nas últimas voltas da corrida! De destacar também o 8º lugar do japonês no GP de Espanha, os primeiros pontos de sempre da pequena escueria na F1.
Contudo só a primeira parte da temporada serviu para brilhar. Fruto de ter um carro desactualizado face à concorrência e sem grande base para desenvolvimento, um orçamento limitado, com o patrocinador principal a nunca ter pingado guito algum, a segunda parte da época revelou-se algo baça, com a Toro Rosso e a Spyker a aganharem algum ascendente sobre a equipa de Aguri Suzuki nas últimas provas. Também nesta fase, Anthiny Davidson revelou-se mais rápido que Takuma Sato, ele que desde 2003 esperava por uma oportunidade para um volante de corrida no seio da estrutura de F1 da Honda. Não desiludiu, mas também não foi proriamente uma grande revelação. Já Sato desiludiu um pouco face a 2006 e à primeira parte de 2007, apagando-se de sobremaneira na parte final deste ano.

Para 2008: Ainda a contas com o processo movido pela Spyker a si e à Toro Rosso, a Super Aguri pode se ver na circunstância de ter de improvisar em muito os bólides para 2008, caso os tribunais decidam a favor da equipa agora dominada por dinheiro indiano. Mas isso até poderá ser uma benesse, já que o que estará previsto é a Super Aguri usar o Honda RA107, e pela crónica anterior desta rubrica, poderão se ter apercebido da nódoa que esse monolugar era. Quanto a pilotos, Sato é intocável e Davidson nem tanto, mas com boas possibilidades de ficar. A não ser se concretizem os rumores que dão Barrichello na Super Aguri. O que acho difícil. Tal como será muito provavelmente 2008 para a Super Aguri.

quarta-feira, novembro 07, 2007

Svoboda!! Svoboda!!!

Vem o presente anunciar que o responsável por este blogue e esta gentil donzela serão os responsáveis por uma noite de excelência que eventualmente colocará uma ou duas almas a dançar. Será no Bar 13, em Alvor, a partir das 23.00 e até quando vocês quiserem. Reparem nalguns convidados:







(Ok, eu sei que o Joe Strummer já lerpou, mas se tivesse vivo, gostávamos que o gajo lá estivesse. E afinal de contas é só para dizer que possivelmente vai-se passar Clash...)

A época de F1 em 2007 (para leigos) - Honda Racing F1 Team

Troquei este ano de carro, passando a ser o feliz detentor de um Civic em segunda mão que se tem portado lindamente. Claro que com este carro tento fazer o que muitos fazem, associá-lo aos seus congéneres de competição. Infelizmente só pude compará-lo com os seus "irmãos" Type-R que correm no PTCC, porque os carros de F1...
O RA107 terá a triste distinção de ser o carro mais mal nascido de todos os que se apresentaram em porvas de F1 este ano, com os pacotes de evolução apresentados ao longo da época a constituírem pouca ou nenhuma melhoria. Vinda de um ano que Button até tinha logrado obter a primeira vitória da equipa (e também a sua), é claro que as expectativas eram positivas. Mas assim que o carro começou a sair para a pista, viu-se que o ano seria bastante negro, sobretudo a nível aerodinâmico.
A falta de competitividade reflectiu-se na motivação dos pilotos, com Button a ser batido algumas vezes por Barrichello. tendo em conta as capacidades do brasileiro, isso diz muito de como estava Button. Mas tal como no ano passado, na hora em que os carros podiam mostrar algo, entremeada por uma ou duas desistências acima, foi Button quem mais brilhou, logrando ser ele a obter os míseros 6 pontos que a equipa obteve no Mundial de Construtores. Quanto a Barrichello, nem mesmo quando a chuva fez a sua aparição conseguiu dar um ar da sua graça, terminando o ano sem pontos, algo que nem sua temporada de estreia com a Jordan, nos idos de 1993, tinha acontecido.
Outra questão a ressalvar da Honda, foi a pintura sui generis do bólide. É sabida a (boa) preocupação da Honda com o meio ambiente, sobretudo através da produção e promoção de veículos híbridos e a crescente retirada de motores a 2 tempos na linha de motociclos. Mas mandar para a pista um F1 com mensagem ecológica é um contra senso algo gravoso. Então vamos gritar "salvemos o planeta Terra" enquanto estamos a queimar litros e litros de gasolina às voltas numa pista para fins meramente desportivos? Fica mal, a sério que fica mal...

Para 2008:
A dupla de pilotos mantem-se, apesar de haver rumores que apontam uma despromoção de Barrichello para a Super Aguri. A equipa técnica foi mexida na segunda metade da época, mas com elementos que nunca foram bem vistos por onde passaram...
A previsão será de que a Honda vai sofrer mais um pouco...

O livro de ditos sociais

Para mostrar cepticismo:

"Eu acredito tanto nisso como no benfiquismo do Pinto da Costa"

terça-feira, novembro 06, 2007

5ª linha da página 161

(é pá, fui rápido a responder a isto!)

He crossed the finish line and greeted the chequered flag with both his fists punching the air, the sound of his faithful Ferrari completely obliterated by 72.632 howling fans.

5º linha da página 161 de " Gilles Villeneuve, The life of the legendary racing driver" de Gerald Donaldson (Virgin Books)

E agora (duvido muito que participem...) segue para o Manuel, a Inês, o Chico, a Carolina e o AMAFAS.

segunda-feira, novembro 05, 2007

A época de F1 em 2007 (para leigos) - Etihad Aldar Spyker F1 Team


Por norma diz-se que sem dinheiro não se vai longe na F1. Nada mais verdade. E se acrescentarmos a isso a 3ª direcção diferente em 4 épocas, também não reflecta nenhuma estabilidade prévia, elemento mais do que necessário ao surgimento de resultados.
Claro que a conversa dos holandeses que tinham adquirido a equipa nos finais de 2006 à Midland era de que seria um ano de paulatinada evolução, supostamente corroborada com a contratação de Mike Gascoyne para Director Técnico. Mas...
... nem mesmo Gascoyne é a Virgem Maria dos designers de F1 (aliás, a Virgem Maria dos designers não existe, veja-se o trabalho de Newey com a Red Bull), não podendo fazer muito mais de um projecto que tem a sua base idealizada em 2004, último ano de Eddie Jordan à frente daquela estrutura. Junte-se a isso um motor de competição-cliente (que vá lá, até não era mau), uma estrutura diminuta, escassez de orçamento, uma dupla de pilotos que não tirava o fôlego e a casa-mãe a ir à falencia.
Moral da história: os últimos lugares da grelha pertenceram invariavelmente à Spyker, com Adrian Sutil a fazer umas gracinhas com a versão B do F8-VII (a designação de F1 mais fixe dos últimos anos), a primeira demonstração da actividade de Mike Gascoyne e inclusive a pontuar no caótico GP do Japão (fez recordar Tiago Monteiro no GP da Bélgica de 2005, ultima vez em que o carro da equipa de Silverstone tinha marcado um ponto). De resto, o jovem alemão veio-se a revelar como uma boa surpresa, ele que tinha sido uma aposta pessoal de Colin Kolles, não obstante uma certa apetencia pelo muro e pelos rails nas primeiras provas.
Tão bom foi o seu desempenho, que o sobrevalorizado Albers, viu-se em palpos de aranha e começou a ser constantemente batido por Sutil, com a equipa a não ter medo do facto do sogro de Albers ser um dos accionistas e aproveitando a falha de pagamentos de um dos patrocinadores para meter fora da equipa o fala-barato holandês. Não sem antes este ter protagonizado um dos momentos mais caricatos da época...
Para substituí-lo a Spyker precisaria de outro pay-driver, mas à falta de acordo imediato, o piloto de testes Markus Winkelhock (que também tinha deixado uns euros para o lugar...) ocupou a vaga, disputando o GP da Europa realizado no sempre imprevisível Nurburgring, onde foi um dos reis da festa ao início, sabendo antecipar as condições meteorológicas, encontrando-se a liderar a prova, enquanto todos os outros tinham de ir a correr montar pneus de chuiva, algo que o filho do malogrado Manfred já tinha feito... Claro que foi sol (ou chuva...) de pouca dura, e depois do recomeço da corrida, Winkelhock desisitu com problemas mecanicos.
Na prova seguinte, Winkelhock daria o lugar ao "intalentoso" Sakon Yamamoto que já o ano passado tinha espalhado borracha pelas pistas com um Super Aguri, que trouxe 5 milhões da fortuna familar para pagar o resto da época. Foi sempre o grande candidato ao último lugar (muitas vezes ganhando esta posição!...).
O ano da Spyker ficou também marcado pelo processo que moveu contra a Toro Rosso e a Super Aguri, no que diz respeito à questão dos chassis-cliente, algo ainda não permitido no regulamento e que prejudicava a Spyker, pois tinha de construir os seus próprios carros, enquanto que a Red Bull e a Honda forneciam as suas equipas-satélite. Ainda está por decidir o pleito.

Para 2008:
A Spyker foi vendida nos finais da época a um consórcio que envolve a família Mol (que já estavam envolvidos na direcção da equipa) e o magnata indiano Vijay Mallya, dono das cervejas e companhia de aviação Kingfisher. Tendo em conta a origem do novo capital, a equipa passará a chamar-se Force India. No que diz respeito a pilotos, Sutil está confirmado (embora exista a possibilidade de ir fazer companhia a Hamilton na Mclaren), enquanto que a segunda vaga pela primeira vez em muitos anos, por aquelas bandas, não será ocupado por um pay-driver, com os principais candidatos a serem Christian Klien e Tonio Liuzzi. Os motores continuarão a ser Ferrari.

domingo, novembro 04, 2007

Gram Parsons morreu por nós


Se ouvirem a sua música e/ou virem este documentário, vão sentir mil vezes mais pena e admiração por ele do que por Jesus Cristo.

A época de F1 em 2007 (para leigos) - Vodafone Mclaren Mercedes

Começa hoje neste blog um apanhado do que foi a época finda da categoria máxima do desporto automóvel. Tendo em conta que devido ao "favor" que a RTP fez em não renovar o contrato com a Formula One Management e que assim muitos perderam a acção, só podendo ler as paragonas de dia seguinte, vai aqui uma análise adequada ao déficit de informação proporcionado esta época. Ou seja, evitar-se-á usar palavras difíceis como "Pacto da Concórdia", "Controle de Tracção" ou "Pitbabe sem maquilhagem". Será feita uma análise a cada equipa, começando da 11ª até aos campeões mundiais de construtores. Espera-se que gostem (mas não é preciso irem a correr para assinar a SportTV, as corridas só vão recomeçar em Março do próximo ano...).


A primeira equipa a ser sujeita a escrutínio é a Vodafone Mclaren Mercedes. Aqueles mais atentos ao mundo da F1 dirão: "A Mclaren em último??!!". E uma pequena minoria até dirá: "Eles deviam mas era ser os campeões dos construtores! A história da espionagem foi uma treta!"
Digamos que esta última opinião é algo ressabiada. Um dos grandes "acontecimentos" da época foi o caso de espionagem que envolveu o antigo chefe de mecânicos da Ferrari (Nigel Stepney) e o director técnico da Mclaren (Mike Coughlan), com o primeiro a passar cerca de 700 páginas de informação confidencialíssima ao segundo. O caso estalou, porque o rapaz da loja de fotocópias, onde a mulher do Coughlan foi tirar reproduzir a preciosa informação, chibou-se à polícia.
Ou seja, vinda de um 2006 sem vitórias (o que não acontecia desde 1996), renascida das cinzas, com o MP4/22 a revelar-se uma máquina extremamente competitiva, permitindo a Alonso e a Hamilton darem cartas no campeonato, fruto da fiabilidade mais dúbia dos Ferrari, eis que vai tudo abaixo com toda a suspeita de espeionagem. E depois de se aquiltar muita da informação decorrente de todo o processo de investigação, nota-se que de facto ouve uso dessa informação sonegada à Scuderia.
O problema nisto tudo, é que quando estoira o escândalo da espionagem, as coisas já não iam bem no seio da equipa. Alonso começava a ficar bastante comichoso com o facto de não o tratarem um pouco acima do rookie Hamilton (afinal de contas, o espanhol sempre era o bi-campeão em título), enquanto o Tiger Woods da F1 começava a achar-se nas mesmas condições que o Alonso e começava a atirar boquinhas à direcção da equipa. Ron Dennis nestes casos dava primazia na maior parte das vezes a Hamilton. Ele (Dennis) não tinha a noção que estava a lidar com um espanhol.
Tamanha foi a confusão, que é o Alonso que quase se vai chibar à FIA sobre o uso de informação, pré-avisando o Dennis de que se não o favorecesse, iria dar com a língua nos dentes. Dennis decidiu dar ele próprio com a boca do trombone (mas sempre dizendo que não sabia de nada...). Os dias de Alonso na Mclaren estavam contados.
Peço desculpa por não falar muito em feitos desportivos, mas esta é a imagem que caracteriza a época da Mclaren... A partir do GP da Bélgica, a equipa deixa de figurar nas classificações do campeonato (a FIA tinha retirado as pontuações como um dos castigos no "Stepneygate"), com a equipa a perder ascendente para a Ferrari. O único sítio onde isso não acontecerá será no chuvoso GP do Japão, onde Hamilton ganhou.
Contudo, e quando tudo pareia estar facilitado, a costela de rookie de Hamilton veio bem ao de cima, e o jovem inglês (e a equipa) acabaram por fazer erros crassos que lhes custaram o campeonato de pilotos. Quanto a Alonso, chegaram a haver declarações de Ron Dennis, em que o presidente da Mclaren afirmava que estavam a correr contra o espanhol. Isto diz tudo, não?

Para 2008:
Alonso rescindiu com a equipa, e agora terão de procurar alguém para fazer de capacho (involuntário) a Lewis Hamilton. É que por esta hora o Dennis já deve ter aprendido que a ter dois pilotos em condições plenas de igualdade pode ser um grande óbice para o bom funcionamento da equipa. Nico Rosberg, Heikki Kovalainen e Adrian Sutil são os principais candidatos. E a FIA já avisou para terem cuidado com a concepção do MP4/23...