"O meu sonho é ter um penteado como o do Nuno" - (terá dito) Marcelo Rebelo de Sousa "O Zé precisa do Nuno" - José Sá Fernandes durante um sonho molhado "I me Nuno" - Verdadeiro título de canção dos Beatles

quinta-feira, janeiro 29, 2009

A época de F1 de 2008 para leigos - Panasonic Toyota F1

Com mais estilo na foto do que nos resultados...


Falar da prestação desta equipa neste e outros anos deveria ser proibido nesta altura de crise mundial. É que o desperdício de dinheiro do maior construtor automóvel do mundo tem sido tão grande que se torna vergonhoso, sobretudo para uma estrutura de capital maioritariamente japonês, fazer alarde dela. A Toro Rosso com muito menos dinheiro conseguiu uma vitória na sua terceira época. A Toyota desde 2002 que o anda a tentar...

Mas de mal o menos. Vá lá que esta época representou uma evolução, voltando ao pódio por duas vezes. A resposta para esta melhor prestação está na substituição do apático e desmotivado Ralf Schumacher pelo seu compatriota Timo Glock. O irmão do hepta-campeão era quem dava as directivas para a delineação dos projectos dos TF, o que se veio a revelar errado, como já Trulli alertava o ano pasado. Este ano, com dois pilotos de performance igual, o carro evoluiu melhor. Mas se a dupla de pilotos foi a evolução, também ela pode não ser a chave de sucesso para o futuro, já que Trulli faz grandes qualificações mas depois apaga-se em corrida, e Glock demonstrou ter um bom nível para estar na F1, mesmo não tem a mesma genialidade de membros da sua geração como Hamilton ou Kubica. O departamento técnico também não ajuda, pois continua a ser dirigido por Pascal Vasselon. Não que o francês seja mau profissionalm ans deveria ser ligado ao conceito e projecto de chassis a ocupar o cargo (Vasselon era técnico de pneus na Michelin). Já na parte de gestão, o ano pareceu ser melhor, já que Tadashi Yamashina parece ser mais firme que o seu antecessor, conseguindo equilibrar melhor a direcção com Joh Howett.


Para 2009:

A dupla de pilotos mantém-se, tal como a gestão desportiva e técnica, com uma importante excepção. Luca Marmorini, o responsável pelos motores, talvez a parte mais competente da equipa, sai desgostoso com a pouca possibilidade de acção devido às restrições a nível de modificações. Poderá se reflectir negativamente.

E este ano, já começa a haver uma certa pressão por parte de Tokyo para que a vitória aconteça, pois a imagem da Toyota começa a ficar em causa com tanto insucesso seguido, mais a mais sabendo-se das verbas envolvidas... E eu sinceramente não acredito no pai natal, neste caso!

Vejam lá que a Pintassilgo até dava ares

Islândia deverá ter a primeira chefe de Governo lésbica do mundo

A época de F1 de 2008 para leigos - Scuderia Toro Rosso

Resumo da época: Vettel à frente de Bourdais nos treinos do GP do Brasil

A época de 2008 da Scuderia Toro Rosso teve um travo hollywoodesco, parecendo quase que o final de uma saga sobre o sonho americano. É que no fundo estamos a falar da estrutura que antigamente era a saudosa e tesa Scuderia Minardi, grandes sobreviventes do pelotao da F1 de 1985 a 2005. A própria Toro Rosso não deixa de ser, em certa medida, um "patinho feio" já que recebe tudo da casa-mãe e quase que não tem autonomia técnica para poder tentar arranjar mais uns "pózinhos" de velocidade e adaptar melhor um chassis pensado para um motor diferente, com a agravante de estar localizada num país diferente.

Estes são os contras. Mas são os prós que fizeram a diferença na época passada. Na direcção desportiva da equipa estavam Gerhard Berger e Franz Tost, dois homens com anos e anos de automobilismo e com a veia realista germânica. Dentro desse mesmo realismo tivemos Giorgio Ascanelli, o direcor técnico, que não podendo ser uma figura na linha de um Newey, Costa ou Gascoyne, i.e., com grandes respinsabilidades na delineação do projeco do chassis, fez aquilo que sabe melhor e que o pôs a trabalhar com Senna na Mclaren, a melhor organização possível no terreno. E, "last but not the least", tivemos aquele de quem os espectadores mais se lembram, o "wunderkind" alemão, Sebastian Vettel.

O jovem alemão, que teve uma ascenção meteórica até à F1, contando com o beneplácito da Red Bull e da BMW, já tinha mostrado ter um talento acima da média, e esta época tivemos a confirmação desse facto. Não obstante um arranque difícil de época, com 4 abandonos e 3 deles devido a colisão sem culpa própria, assim que se encontrou no caminho certo, Vettel tornou-se no melhor piloto entre os utulizadores do chassis RB4/STR3, pontuando logo na estreia (Mónaco) da variante italiana. A partir daí pontuou em quase todas as corridas, o que para o staff da equipa era algo de que nunca tinham ouvido falar...

E claro está que o ponto alto foi em Monza. No país da equipa, com um motor Ferrari como unidade motriz, Vettel demonstrou uma frieza de campeão perante as encharcadas rectas do Autodrmo Nazionale (fenómeno raro), aproveitando ao máximo as condições molhadas da qualificação para conquistar a sua, e da equipa, primeira pole-position. Chegado à corrida, dominou-a de fio a pavio, fazendo valer ao máximo a vantagem de não ter de levar com o spray da concorrência. No final não acredito que não tenha havido um único adepto que não tivesse esboçado um sorriso perante o feito e a imagem daquele jovem esfusiante e de uma turba de mecânicos delirantes com algo que nem sonhavam. E aqui deve ter contado e muito o savoir-faire de Berger e Ascanelli...

Depois deste discurso todo, quase que parece que a Toro Rosso só teve um piloto. Não é verdade, claro, já que Sebastien Bourdais compareceu em todos os GP's ao volante dos STR2B e STR3. Mas para quem vinha com um título de F3 francesa, um título de F3000 e 4 títulos da antiga CART Series, o que o nativo de Le Mans fez foi um pouco decepcionante, mais a mais, na época em que os controlos de tracção foram eliminados, e vindo de um campeonato em que os carros tinham muitíssimo mais mecânica que electrónica, o bom do Sebastien era aquele que mais se via a fazer incursões às escapatórias das mais variadas curvas. mas convenhamos que muitas vezes também parecia por lá andar o azar, como foi o caso em Monza, onde iria partir de uma 4º posição da grelha e viu-se obrigado a começar das boxes...

Para 2009:

A Red Bull Racing não deve ter achado muita piada ao facto da sua subsidiária transalpina ter ficado à sua frente, tratando desde logo de ir buscar Vettel para o lugar do retirado Coulthard. E como sempre, o chassis novo da Toro Rosso só virá algum tempo depois da estreia do RB5.

No que diz respeito a pilotos, o único confirmado para já é o estreante suíço Sebastien Buemi, piloto da cantera da Red Bull e que no ano passado andava pela GP2, onde conseguiu resultados interessantes mas não mostrou que merecesse já esta subida ao escalão máximo do automobilismo de pista, juntando-se a isto o facto de ser um piloto temperamental, capaz da performance mais veloz, como da depressão mais profunda. Para o segundo carro, ainda existem algumas dúvida$, pois a necessidade de complementar budget pode influenciar a escolha. Actualmente o candidato mais forte é Bourdais, para que possa haver alguma continuidade na evolução da equipa. Mas em liça também está Takuma Sato, que muito boa conta deu ao volante de um STR nos testes do Outono, mas que terá de trazer alguns ienes, não obstante a sua inegável rapidez e há quem diga também que a Red Bull estaria interessada em Jenson Button, caso a antiga Honda F1 feche mesmo as portas.

Por falar em fechar portas, a Toro Rosso terá de fazer um ano mais ou menos ao nível de 2008, sob pena de Dietrich Mateschitz não vender a equipa ou mesmo fechar as suas portas. Isso seria doloroso. Afinal de contas, aqueles são os moços da Minardi!


terça-feira, janeiro 20, 2009

Um remédio para a ejaculação precoce


Maddie é nome de vaca que se ordenha (para alguns)

Olhão é daquelas terras em que o poder camarário está mais do que entregue a uma só força partidária, neste caso o Partido Socialista. Como diz uma amiga minha que lá mora, até um cão podia concorrer pelo partido de Sócrates que ainda assim chegaria à Presidência...

Ora o PSD-Olhão não esteve com meias medidas. Descurando o que Marques Mendes e Manuela Ferreira Leite advogavam para os cabeças-de-lista para as autárquicas, não querendo aceitar pessoas com processos a decorrer na justiça. Ora o homem que não encontrou a Maddie está com um processo sobre umas alegadas porradas que mandou dar na Leonor Cipriano, o que foge desse princípio.

Assim junta-se a fome à vontade de comer. O PSD-Olhão lá consegue algum protagonismo (e ganha o apoio do líder do PSD Algarve, o populista Mendes Bota) e Gonçalo Amaral lá consegue mais um tachinho depois da barracada que deu na PJ e do livro que escreveu para ganhar uns tostões (mas que pelo se deduz da foto, não o tem gaso no barbeiro...).

Mas isto é o país que sofre de complexo de Armando Vara. Pareces ineficaz e/ou erraste? És promovido!

El Dakar ha terminado





O primeiro Dakar fora d'África terminou no passado domingo em Buenos Aires, com vitória nos automóveis de Giniel de Villiers em VW, Marc Coma (KTM) nas motos e Firdaus Kabirov (Kamaz) nos camiões.



No que diz respeito aos carros, a VW finalmente conseguiu a vitória de um veículo com motorização Diesel, vitória essa que lhe vinha escapando sempre nas últimas edições. A marca de Wolfsburg desta vez optou por uma táctica mais conservadora, o que tendo em conta a vantagem do Race Touareg 2 face à concorrência, veio-se a revelar como uma estratégia de vitória, com Sainz a parecer o detentor dos louros, mas o traçado (e o road-book...) pregou-lhe uma partida, acabando por ser De Villiers a chegar ao triunfo, beneficiando também dos problemas de Mark Miller nessa mesma etapa. Vitória merecida por parte de um dos pilotos mais consistentes das últimas edições da grande prova.




Claro que a oposição não fez grande coisa. A Mitsubishi optou por lançar uma máquina nova, o Racing Lancer, que veio a evidenciar muitos problemas de juventude, que levaram à desistência de Peterhansel e Masuoka, com Alphand a desistir por problemas do seu navegador, sendo Nani Roma o único a chegar ao fim, conseguindo ainda ganhar uma etapa, mas também não evitando problemas que quase o obirgavam a desitir na segunda etapa. Um grande programa de desenvolvimento precisa-se caso queiram ganhar a prova.




No que diz respeito aos BMW X3 da X-Raid, a culpa vai para a gestão desportiva da equipa antes da prova começar, pois apostar simplesmente num piloto (Nasser Al-Attiyah) veio a revelar-se suicida, pois o qatari veio a sofrer graves problemas mecânicos, que o obrigaram a atalhar e a ser forçados a desistir, fruto de excesso de penalização. Guerlain Chicherit poderia ser o "suplente" para a vitória, mas mais um vez o seu andamento impetuoso veio a comprometer a equipa, logo na primeira etapa. E o facto de ter fornecido os outros carros oficiais a pilotos inexperientes e sem provas dadas (Peter van Merksteijn e Rene Kuipens) também foi algo de ridículo. Mais valia terem pago alguma coisinha ao Carlos Sousa e teriam alguma coisa para mostrar no final do rali. Menção especial ao argentino Orlando Terranova que alinhou num X3 semi-oficial que ainda deu um pouco nas vistas, tendo em conta a inexperiencia do antigo piloto de motos, mas que viria a ser obrigado a desistir devido a acidente.





Ou seja, num rali marcado pelas várias atribulações nas equipas oficiais, outros tiveram oportunidade de brilhar como foi o caso de Robby Gordon, pela primeira vez a levar o Hummer ao pódio, e as Nissan Navarra da Overdrive, que Ivar Erik Tollefsen e Krzystof Holowczyck conseguiram meter nuns surpreendentes 4º e 5º lugares. No que diz respeito aos portugueses foi uma pequeno descalabro, com a Adélio Machado a ser o único a terminar numa posição relativamente decente (37º), mesmo falhando claramente o objectivo de conseguir a vitória na classe de promoção. Mas também, se compararmos com os outros lusos, em especial Leal dos Santos e os irmãos Inocêncio, o Adélio parecia um predestinado...





Nas motos, o catalão Coma ofereceu mais uma vitória à KTM, dominando do princípio ao fim a prova, nunca permitindo grandes aproximações dos seus adversários, nomeadamente Cyril Despres. A surpresa acabou sendo a boa prova de David Fretigné com a Yamaha 450, almejando um excelente pódio. Dentre os que desistiram, destacam-se as prestações do americano Jonah Street e do chileno Francisco "Chaleco" Lopez, que poderiam ter acabdo a prova em posições deveras meritórias.




Mas estamos a falar de uma prova em que o acabar já é uma vitória em si, e nisso os lusos mais experientes cumpriram a lição. Hélder Rodrigues voltou a repetir a melhor classificação de um português nas motos (5º), só ficando atrás das motos oficiais. quando tiver mais uns tostões e uma estrutura melhor, é rapaz para discutir a vitória, acreditem! Paulo "Speedy" Gonçalves também esteve muito bem, conseguindo terminar no top-ten, fazendo 2º entre as 450cc e ainda obtendo a melhor posição entre os motards da Honda. Já Bianchi Prata cantou de galo a tentar impressionar os sponsors e os media antes do rali começar, prometendo uma eventual vitória nas 450, acabando pr obter somente a 30ª posição ao volante da nova BMW. No que diz respeito aos desistentes, foi pena Pedro Oliveira ter ficado pelo caminho, pois assim ficou por avaliar o potencial da Yamaha deveras alterada em Portugal e que alinhava sobre o nome de Dakar Tech.






Last but not the least, temos os maiores, em sentido literal, do pelotão, os camiões. Os louros do triunfo voltaram este ano aos russos da Kamaz, com firdaus Kabirov a conseguir a sua segunda vitória no rali, logo seguido pelo "czar" Chagin em "monstro" idêntico. O único que ainda deu alguma luto aos camiões azuis e brancos, foi o holandês Gerardus de Rooy ao volante do GINAF, terminado na terceira posição. A destacar ainda a desistência de Hans Stacey (vencedor de 2007) e o quase obscurantismo da participação dos Tatra, para não falar da falta de competitividade de uma das inscrições mais carismáticas na classe, os "pequenos" Hino da família Sugawara.





Como última nota sobre a prova deste ano, umas palavras sobre e para a ASO. Os rapazes lá fugiram com o rabo entre as pernas de África para o continente sul-americano. Mas tamanha foi a pressa na fuga que se esqueceram que no hemisfério sul as estações são ao contrário, i.e., fazer reconhecimentos no inverno em regiões áridas e montanhosas não é das ideias mais brilhantes que se possam ter, sobretudo quando se tem a cargo uma prova desta magnitude. O constante encurtar de etapas acabou por retirar alguma da verdade desportiva, embora cá para mim, alguns concorrentes deviam estar calados no que diz respeito à dureza da prova. Ora o Dakar foi sempre um teste às capacidades de pilotos e máquinas e não um passeio, quem se inscreve tem que ter isso bem presente, caramba!
A resposta atabalhoada e deficiente ao motard francês Pascal Terry também foi uma mancha muito negra na iamgem da ASO, sendo a descoordenação entre o Quartel-General em França e a organização Argentina as grandes responsáveis pelo perecimento deste participante.
Vai daí que considerem o regresso a África (fala-se na Líbia e Tunísia), visto aí já saberem o que a casa gasta e ser menos oneroso em termos de logística. E devolver a prova a África é mais do que justo e correcto. E de homem (e mulheres também) era terem a coragem de voltar à rota antiga de Europa-Marrocos-Mauritânia-Senegal. Pelo menos no Africa Race não raptaram ninguém...

sexta-feira, janeiro 16, 2009

A época de F1 de 2008 para leigos - Red Bull Racing

David Coulthard, Red Bull RB4/Renault, GP da Malásia, 9º

Por norma diz-se que o dinheiro não traz felicidade. Provavelmente é verdade, mas que de facto ajuda a lá chegar, lá isso ajuda. Claro que muitas vezes a abundância do vil metal pode criar confusão e dispersão. E como isso fez sentido lá para os lados de Milton Keynes (mais uma vez).

Desde que está na F1 como equipa que a Red Bull encara as suas participações num misto de promoção e ambição. A promoção, pelo menos a nível do paddock, tem resultado imenso com as festas que vêm promovendo, as formula Unas (a melhor selecção de pibabes) e o Red Bulletin, o periódico que circula entre o paddock. Contudo, a gestão desportiva da equipa tem sido menos eficaz que o departamento de marketing. A escolha de pilotos tem sido algo errónea, com a utilização da primeira geração da escola Red Bull a revelar-se algo errática, embora aqui não haja grande volta a dar pois a influência de Helmut Marko, o gestor do programa, sob o grande patrão Dietrich Mateschitz é enorme. A isto juntou-se a contratação de Adrian Newey para liderar o departamento de projecto. O inglês é talvez o designer de maior génio na F1, mas por outro lado precisa sempre de uma figura "paternal" ao lado (como Patrick Head nos tempos da Williams) de forma a não se entusiasmar em demasia no delinear do projecto, não sedo Geoff Willys suficiente para reparar os danos no terreno.

É dentro destes constrangimentos que a Red Bull foi a pior das equipas (à excepção da Honda) das que nadam em dinheiro. É que além do que se mencionou, em 2008 a Red Bull tinha um David Coulthard deveras errático no ano em que anunciou a sua retirada, o motor Renault não apresentava o mesmo grau de competitividade da concorrência, devido à ingénua interpretação dos engenheiros de Boulogne-Billancourt, o que levou a que fossem batidos pela irmã "mais pequena" Toro Rosso. Mark Webber bateu constantemente Coulthard, mas foi o escocês que conseguiu o melhor resultado da equipa, com um 3º lugar no acidentado GP do Canadá. Muito fraco, para quem já vai ambicionando algo.

Para 2009:

Haverá alguma mudança na equipa para o ano, com destaque para a chegada de Sebastian Vettel para substituir Coulthard, numa altura em que o jovem alemão é uma das grandes coqueluches do plantel dos pilotos, o que poderá complicar a vida a Webber, que perderá a pré-época devido a uma lesão causada por um atropelamento na Tasmania. O acabar das festas, F. Unas e do Red Bulletin, o que demonstra uma maior vontade de concentração na tentativa de conseguir melhores resultados, a ver se pelo menos coemçam a ser regulares na obtenção de pódios.


30 anos a rock n' rollar

No início desta semana, a banda rock de maior sucesso made in Portugal, completou 30 anos de carreira, o que é sempre de asinalar para uma banda do género. O problema, na minha relação com eles, é que esses 30 anos já estão bem esticados, só estando os cinco juntos pois aquilo é uma boa fonte de receita. Embora eu também seja algo drástico, pois para mim o melhor período dos Xutos é nos seus primeiros 10 anos, quando ainda não tinham contrato com uma multinacional, mas enchiam as salas por onde passavam.
Claro que "Circo de feras" ainda conseguiu produzir hinos para o legado Xutos, o albúm ao vivo no Restelo foi um excelente testemunho da capacidade de Zé Pedro e companhia ao vivo e até "Direito ao deserto" as coisas ainda tinham algum sentido. Mas a partir dos "Dados viciados" a fórmula parecia ser sempre a mesma, as letras perderam profundidade, com Tim a cair em vários estereótipos, e as canções tornaram-se entediantes. Ainda me lembro do concerto que deram no último dia de Vilar de Mouros'01, em que a primeira parte foi dominada pelos temas de "XIII", e notava-se o aboreecimento de público e banda.
Ou seja, os Xutos actualmente andam sobretudo a viver do nome e de canções com, no mínimo, 15 anos (ai da menina que venha suspirar por causa da "Manhã submersa", que é das maiores tretas sobre amor teen já escritas). Se acabarem, eu fico contente, e sobretudo porque eles vão poder ainda conservar alguma decência e honra a a que têm merecidamente direito.

Voltando à lida

Para quem seguia este espaço, anuncia-se que vai-se aos poucos voltando à rotina habitual, já que a casa nova já está minimamente habitável e a internet também já cá mora, depois de uma demora de duas semanas em relação ao previsto (obrigado MEO...). Watch this space...