Por norma diz-se que o dinheiro não traz felicidade. Provavelmente é verdade, mas que de facto ajuda a lá chegar, lá isso ajuda. Claro que muitas vezes a abundância do vil metal pode criar confusão e dispersão. E como isso fez sentido lá para os lados de Milton Keynes (mais uma vez).
Desde que está na F1 como equipa que a Red Bull encara as suas participações num misto de promoção e ambição. A promoção, pelo menos a nível do paddock, tem resultado imenso com as festas que vêm promovendo, as formula Unas (a melhor selecção de pibabes) e o Red Bulletin, o periódico que circula entre o paddock. Contudo, a gestão desportiva da equipa tem sido menos eficaz que o departamento de marketing. A escolha de pilotos tem sido algo errónea, com a utilização da primeira geração da escola Red Bull a revelar-se algo errática, embora aqui não haja grande volta a dar pois a influência de Helmut Marko, o gestor do programa, sob o grande patrão Dietrich Mateschitz é enorme. A isto juntou-se a contratação de Adrian Newey para liderar o departamento de projecto. O inglês é talvez o designer de maior génio na F1, mas por outro lado precisa sempre de uma figura "paternal" ao lado (como Patrick Head nos tempos da Williams) de forma a não se entusiasmar em demasia no delinear do projecto, não sedo Geoff Willys suficiente para reparar os danos no terreno.
É dentro destes constrangimentos que a Red Bull foi a pior das equipas (à excepção da Honda) das que nadam em dinheiro. É que além do que se mencionou, em 2008 a Red Bull tinha um David Coulthard deveras errático no ano em que anunciou a sua retirada, o motor Renault não apresentava o mesmo grau de competitividade da concorrência, devido à ingénua interpretação dos engenheiros de Boulogne-Billancourt, o que levou a que fossem batidos pela irmã "mais pequena" Toro Rosso. Mark Webber bateu constantemente Coulthard, mas foi o escocês que conseguiu o melhor resultado da equipa, com um 3º lugar no acidentado GP do Canadá. Muito fraco, para quem já vai ambicionando algo.
Para 2009:
Haverá alguma mudança na equipa para o ano, com destaque para a chegada de Sebastian Vettel para substituir Coulthard, numa altura em que o jovem alemão é uma das grandes coqueluches do plantel dos pilotos, o que poderá complicar a vida a Webber, que perderá a pré-época devido a uma lesão causada por um atropelamento na Tasmania. O acabar das festas, F. Unas e do Red Bulletin, o que demonstra uma maior vontade de concentração na tentativa de conseguir melhores resultados, a ver se pelo menos coemçam a ser regulares na obtenção de pódios.
1 comentário:
Olha, acabei de descobrir que vivo mesmo ao lado da Red Bull Racing
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