No início desta semana, a banda rock de maior sucesso made in Portugal, completou 30 anos de carreira, o que é sempre de asinalar para uma banda do género. O problema, na minha relação com eles, é que esses 30 anos já estão bem esticados, só estando os cinco juntos pois aquilo é uma boa fonte de receita. Embora eu também seja algo drástico, pois para mim o melhor período dos Xutos é nos seus primeiros 10 anos, quando ainda não tinham contrato com uma multinacional, mas enchiam as salas por onde passavam.
Claro que "Circo de feras" ainda conseguiu produzir hinos para o legado Xutos, o albúm ao vivo no Restelo foi um excelente testemunho da capacidade de Zé Pedro e companhia ao vivo e até "Direito ao deserto" as coisas ainda tinham algum sentido. Mas a partir dos "Dados viciados" a fórmula parecia ser sempre a mesma, as letras perderam profundidade, com Tim a cair em vários estereótipos, e as canções tornaram-se entediantes. Ainda me lembro do concerto que deram no último dia de Vilar de Mouros'01, em que a primeira parte foi dominada pelos temas de "XIII", e notava-se o aboreecimento de público e banda.
Ou seja, os Xutos actualmente andam sobretudo a viver do nome e de canções com, no mínimo, 15 anos (ai da menina que venha suspirar por causa da "Manhã submersa", que é das maiores tretas sobre amor teen já escritas). Se acabarem, eu fico contente, e sobretudo porque eles vão poder ainda conservar alguma decência e honra a a que têm merecidamente direito.
"O meu sonho é ter um penteado como o do Nuno" - (terá dito) Marcelo Rebelo de Sousa "O Zé precisa do Nuno" - José Sá Fernandes durante um sonho molhado "I me Nuno" - Verdadeiro título de canção dos Beatles
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1 comentário:
Concordo. Nâo tem tido nada de especial nos últimos tempos, nada que empolgue. É um pouco como o "Stones": desde os anos 80 que não mostram nada de especial, de marcante, acho. "It's just for the money, kids!"
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