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sexta-feira, agosto 25, 2006

Salas de chuto (ou de como há pessoas que deviam levar (no mínimo) um chuto no cu)

O governo aprovou legislação que irá permitir a criação de salas de injecção assistida (vulgo "salas de chuto") a partir de 2008. Medida que não cura o porblema, mas que sempre ajuda a que aqueles que caíram na desgraça do vício tenham condições para não se depauperarem ainda mais, para além de que se evitar que andem pelas ruas espalhando a sua imagem de decadência e as seringas usadas.
Claro que existem sempre aqueles que vão contra, normalmente por terem interesses já previamente instalados. E quem viu ontem o Telejornal, apercebeu-se perfeitamente disso, ao ver a "actuação" do dr. Manuel Pinto Coelho.

Este membro do "socialite" português é dono de várias clínicas de desintoxicação para toxicodependentes, e pelos vistos quer que o negócio continue em alta. Para fazer ver o seu ponto de vista, comparava o consumo de drogas em Portugal ao consumo de drogas na Suécia, para dizer que naquele país escandinavo não existiam "salas de chuto" e ainda assim os números de consumo eram baixíssimos. Claro que está que ele não se lembra de toda uma conjectura sócio-económica bastante diferente entre os dois países, para não falar nas diferenças culturais.

Também mencionou um relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) em que aponta Portugal como um país sem grandes problemas a nível de toxicodependencia. Admito que possam haver países com maiores problemas a esse nível, mas chegar ao ponto de, citando esse relatório, o dr. Manuel Pinto Coelho, na maior das jactâncias, dizer que não se viu nenhum toxicodependente a injectar-se na rua, já é entrar no campo da ficção científica. Eu já vi, já vi também os restos da acção e o perigo que representa para a saúde pública. Mas se calhar o ficheiro .jpg era demasiado pesado para incluir no documento da OMS, não sei...

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