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quarta-feira, dezembro 10, 2008

A época de F1 de 2008 para leigos - Force India

(Giancarlo Fisichella no GP da Austrália, prenúncio do que seria a época para a nova equipa)

Há ali para os lados de Northampton, na distante Albion, mais concretamente próximo da pista de Silverstone, umas grandes instalações dedicadas ao desporto automóvel a laborar desde os anos 90. Os senhores que lá trabalham começaram por ter um patrão irlandês, e tudo o que isso acarreta a nível de sovinice. Passados muitos anos, o senhor irlandês perdeu o jeito para retirar dinheiro para si sem dar nas vistas na competitividade de uns carros que fazia lainhar numas corridas pelo mundo inteiro e que o mundo inteiro via atavés da TV. Para não se quiemar de todo, vendeu o negócio e todos aqueles trabalhadores a um senhor russo-canadianao que fez dinheiro na Ucrânia depois da implosão da União Soviética. O senhor oligarca meteu na direcção da equipa um garagista experimentado e um romeno algo arrivista. Claro está que o garagista foi logo embora. O Russo ficou por lá dois anos, até que viu que aquilo afinal custava muito dinheiro e conseguiu vender o negócio a uns holandeses que faziam carros muito rápidos. Mais rápido que os carros que faziam e que punham a correr, foi a facilidade com que viram que aquilo iria dar rapidamente para o troco e não era vendendo alguns carros exóticos por ano que conseguiam manter a brincadeira. E o senhor romeno arrivista ainda lá estava. Visto isto, apareceu um monhé cheio de dinheiro, mas felizmente sem a cultura da cornershop, que comprou aquilo aos holandeses e ainda trouxe um brigão inglês que sabia desenhar carros. E por incrível que pareça, o romeno arrivista ainda lá estava.

Posta esta longa introdução fabulástica, já podemos falar da época da Force India, aquela que foi, de longe, a equipa mais fraca da f1 em 2008. Todos os antecedentes atrás mencionados explicam de certa maneira a razão da falta de performance desta equipa, que desde 2006 começa uma temporada com um proprietário. A sorte da ex. Jordan é que o actual dono, Vijay Mallya, parece ser o mais sério de todos os que apareceram até agora, investindo para que a equipa vá chegando a bom porto. Só que eles não estão sozinhos na corrida ao desenvolvimento, fazendo com que os esforços de uma equipa pequena como eles seja completamente esmifrado, não obstante ter nas suas fileiras técnicas nomes como Mike Gascoyne ou Mark Smith. O VJM01 foi um bólide que não deu grandes problemas, mas a falta de recursos não dava para escapar às últimas linhas da grelha e do pelotão, sendo esta época a primeira em que a estrutura de Northampton não pontuou no Mundial de F1. A ocasião mais próxima para tal foi o GP do Mónaco (graças à chuva), quando Adrian Sutil seguia mais ou menos tranquilo em 4º, foi abalroado pelo descontrolado Ferrari de Kimi Raikkonen.
No que diz respeito aos pilotos, o veterano Fisichella levou a melhor sobre o jovem Sutil, que desiludiu um pouco ao não conseguir "matar" a carreira do romano e mostrando ainda ser propenso a alguns erros.

Para 2009:
A crise toca a todos e Vijay mallya não é excepção. Daí que no final desta época se tenha anunciado um acordo com a Mclaren com vista à cedência do motor Mercedes e respectiva transmissão. A nível organizacional a equipa foi purgada finalmente do ineficaz Colin Kolles e de Mike Gascoyne (aqui talvez por ordens da Mclaren), havendo também algum peso da equipa de Woking nas decisões futuras. Quanto a pilotos, Mallya tinha garantido que a dupla actual continuaria, mas com o acordo com a Mclaren/Mercedes, parecem abrir-se as portas a Paul di Resta e/ou ao veterano Pedro de la Rosa, com Jenson Button a poder surgir dentro de uma eventual jogada futura da Mcalren para substituir Heikki Kovalainen.
Uma coisa é certa, a adaptação não será logo toda conseguida e a equipa ainda deverá andar pelos ultimos lugares da grelha no início da época. E pouco mais deve subir.

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