"O meu sonho é ter um penteado como o do Nuno" - (terá dito) Marcelo Rebelo de Sousa "O Zé precisa do Nuno" - José Sá Fernandes durante um sonho molhado "I me Nuno" - Verdadeiro título de canção dos Beatles

segunda-feira, abril 07, 2008

Uma banda/músico por dia #5 - The Byrds

Os Beatles e seus pares britânicos tinham feito uma grande mossa no coração da pop americana, aquando da sua chegada aos "states". Os maericanos viram-se na obrigação de tentar encontrar uma banda que reunisse as elevadas qualidades da relação comercial/talento do "fab four". talvez aqueles que mais se tenham aproximado deste objectivo, para além do Beach Boys da fase "Pet Sounds/Smile", foram os Byrds, que pelo caminham poderão ser apelidados de pais do folk rock.
Tendo como inspiração os trabalhos da malta da década anterior como Pete Seeger ou Woody Guthrie, e da nova sensação Bob Dylan, os Byrds juntaram o eléctrico ao tradicional set acústico que caracterizava o folk. Roger McGuinn, Chris Hillman, David Crosby, Michael Clarke e Gene Clark, a formação de ouro dos Byrds, tornaram-se os reis da harmonia vocal e da melodia nos anos 60. Mas, como qualquer grupo a quem o sucesso sobe de maneira vertiginosa, as coisas demoraram pouco tempo a desmoronar-se. Clark saiu, por não conseguir impor as suas (belas) composições e por odiar as cada vez mais frequentes tournées, Crosby queira mais protagonismo, algo que McGuinn guardava muito para si, e saiu, formando pouco depois os Crosby, Stills and Nash, herdeiros dos Byrds no campo das harmonias.
E a música escolhida para ilustrar os Byrds quase que não tem a ver com nada do que foi escrito atrás. É "Hickory wind", cantada pelo genial Gram Parsons, que esteve com os californianos somente por um album, o excelente "Sweetheart of the Rodeo", onde a música country foi apresentada ao grande público, muito graças ao jovem herdeiro da Florida que tinha desistido do curso de teologia em Harvard. Fica este exemplo pelo facto de ilustrar uma das várias facetas dos Byrds enquanto renovadores do espectro musical e para ilustrar o seu membro mais genial (com Gene Clark a roçar-lhe os calcanhares), e também o mais efémero. O malogrado Gram Parsons.

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