"O meu sonho é ter um penteado como o do Nuno" - (terá dito) Marcelo Rebelo de Sousa "O Zé precisa do Nuno" - José Sá Fernandes durante um sonho molhado "I me Nuno" - Verdadeiro título de canção dos Beatles

quinta-feira, novembro 12, 2009

A época de F1 de 2009 para leigos - Scuderia Toro Rosso


Sebastien Bourdais ainda a desempenhar o papel de piloto de F1 no Gp da Alemanha. Não iria ter mais oportunidades em 2009...(foto de Simon Arron)

Para começar a falar desta equipa, e tendo em conta que este tópico é para leigos, lembra-se quando o Alverca servia de clube-satélite para o Benfica ou quando o gloriosos tinha uma equipa B? Pois é, a Toro Rosso é uma espécie de Alverca (embora ainda não tenha acabado e nem de lá sairá alguma coisa parecida ao Luis Filipe Vieira).
Estar associado a uma equipa de sucesso poderá parecer ser algo de bom e que trará resultados. A questão é que a casa-mãe, neste caso a Red Bull, primiero se interesserá em ficar com as melhores partes e só depois fará transferências para a sua subsidiária. Isto resultou no facto de que a Toro Rosso só recebeu o chassis quase a começar a temporada. Ou melhor, receber os desenhos, que os carros são feitos em Itália (esta equipa é a antiga Minardi) senão a FIA não gosta. ainda no domínio da técnica, a Toro Rosso fica sempre a perder pois é motorizada pela Ferrari, enquanto que os Red Bull são feitos à volta do motor Renault, e não parece que os comandados de Adrian Newey percam muito tempo a acomodar o propulsor italiano. Para acrescentar lenha à fogueira, foram a última equipa a contar com um duplo difusor.
No que toca aos pilotos, 2009 representava a saída do menino-prodígio, Sebastian Vettel, que obteve aquela inacreditável vitória em Monza 2008, para a casa-mãe. para o seu lugar entrou Sebastien Buemi, suíço, estreante na F1, vindo da cantera da Red Bull nas fórmulas de promoção. Como muitos dos outros pilotos apadrinhados pela bebida austríaca, Buemi provou ao longo da época ser rápido, mas consistência foi algo que ninguém lhe viu muito, o que um feitio muito dado à depressão também não ajuda (suíço, mas com sangue siciliano...).
Já no outro carro, Sebastein Bourdais alinhava à partida de 2009 salvo pelas boas prestações obtidas na recta final da temporada anterior, onde de vez em quando se notava também o feitio melancólico do nativo de Le Mans (o que não ajuda nada um piloto de F1). Tendo este época para limpar a imagem e mostrar que os 4 títulos conquistados na antiga CART não foram ao acaso, depressa se viu que Bourdais não se conseguia adaptar de todo à F1, pelo menos à maneira de trabalhar da Toro Rosso, sendo dispensado a partir depois do GP da Alemanha.
Para o seu lugar entrou o jovem catalão Jaime Alguersuari Jr. (o Sénior é o director das World Series by Renault). Aliás tão jovem que é o rapazola que se tornou o piloto mais jovem de sempre da F1, alinhando no GP da Hungria com a curta idade de 19 anos e quatro meses, destronando o neo-zelandês Mike Thackwell que detinha o record há já uns 29 anos! Claro que também houve algo polémica relatiamente à sua escolha, e com razão, pois em virtude da política de contençãod e custos, Alguersuari não pode fazer quaisquer testes, provocando o nautral receio entre os seus novos pares de que seria uma pequena bomba-relógio em pista. Felizmente nada disso aconteceu e o jovem espanhol demonstrou ser bastante certinho na sua abordagem à F1, à excepção do GP do Japão, onde por duas vezes (qualificação e corrida) conseguiu amassar e bem a fibra de carbono do seu STR4. Ah e no GP de Abu Dhabi, numa das paragens nas boxes conseguiu entrar no espaço da Red Bull em vez do da sua equipa...

2010:
A próxima época vai ser mais uma recheada de dificuldades para o braço italiano da Red Bull. O carro continuará a ser um sucedâneo do que virá a ser o RB6 e existe sempre a possibilidade de fechar a equipa no final do ano, pois a partir do momento em que a aventura no "grande circo" se torne demasiado cara, a Red Bull não terá muito pejo em fechar a estrutra baseada em Faenza.
No que diz respeito aos pilotos, as prospectivas de alegria não são lá grande coisa. A dupla Buemi/Alguersuari mantém-se, mas o suíço vai ter de provar que consegue transformar parte da sua velocidade em consistência, enquanto que o espanhol terá de fazer um pouco mais, pois é certinho, mas nota-se que ainda lhe falta aquele "rasgo" que caracteriza um competitivo piloto de F1. Mas se dizem que a Repsol ainda entrará nas cores dos STR5 por causa dele, talvez Mateschitz, Tost, Marko e seus pares não liguem muito a isso...

Sem comentários: