Nada mau para primeira semana. Este tem sido um dos "Dakar" mais competitivos de sempre, com a diferença entre os principais competidores a ficar-se nas margens dos minutos e não das horas. VW e Mitisubishi têm-se mostrado ao mesmo nível, com a marca alemã a ganhar pequena vantagem do sprint que fez nas etapas portuguesas.
Por falar em etapas portuguesas, de referir o sucesso que foi a passagem da caravana por Portugal, com 5% da população a assistir in loco à passagem dos participantes na primeira etapa, desenhada nos terrenos arenosos dos concelhos de Grândola e Alcácer do Sal. Portimão também esteve bem composta de público, sabendo acolher quer participantes, quer visitantes.
Falar nas etapas portuguesas, significa também falar em três senhores: Carlos Sousa, Ruben Faria e Hélder Rodrigues. Sousa fez uma grande primeira etapa, colocando-se na liderança da prova e dedicando-a ao inúmero público que o foi saudar nas estradas lusas. Já os motards Faria e Rodrigues dividiram os louros por etapas, imprimindo um andamento diabólico que chegou a valer uma queda ao piloto de Moncarapacho no segundo dia.
Mas a prova faz-se de facto em África, e aqui já assistimos ao arder por completo de um VW oficial, capotamento de um BMW e de um Mitsubishi (embora este último continue em prova), à morte do motard sul-africano Elmer Symons e acima de tudo à grande anedota: o jogo do gato e do rato versão dunar entre Carlos Sousa e o seu navegador.
Sinceramente, a situação foi uma vergonha para os dois participantes nela, com direito à "telenovela" a ser filmada pelas câmaras de TV e com o site oficial a querer, erradamente, a dramatizar o caso, falando em irritações e amuos do piloto português. De um belo 3º, passaram por um 9º, já a a mais de duas horas do primeiro.
Ainda assim, não se pode classificar a participação portuguesa de uma foram semelhantemente anedótica. Sousa estava a fazer muito boa prova até então, rolando à frente de dois dos VW oficiais (Miller e Vatanen). Já Miguel Barbosa vai paulatinamente e à portuguesa, conquistando uns lugaritos na classificação à medida que outros vão tendo peripécias. Por esta altura é 15º, com um carro que Sousa conseguia fazer andar sempre atrás dos oficiais o ano passado. E não acredito que um buggy Fast&Speed tenha mais potencial que o Nissan Proto do piloto lisboeta. Mas o Dakar também ainda não chegou ao fim, portanto também não crucifiquemos.
Quanto aos outros, pelo caminho já ficaram Rodrigo Amaral, a loirinha Madalena Antas, Lino Carapeta, António Sousa e o presumido Adélio Machado, que chegou à prova a dizer que ia para ganhar o T2. Só com a experiencia de um Dakar, e parte logo com afirmações destas... Bem feito!
Nas motos, há que destacar as boas prestações do trio Rodrigues (8º, melhor amador e 2º nas 450cc), Faria e Paulo Gonçalves, que regularmente terminam as etapas nos 20 primeiros. De saleintar as boas prestações de João Nazaré, que no seu primeiro Dakar, já conquistou algumas etapas na classificação de quads. O outro quad de luso, de António Ventura, é que já não está em prova. Também de fora já estão José Henrique Carvalho, Pedro Oliveira e o portimonense Ricardo Pina, que tinha alinhado com duas costelas partidas (sic).
"O meu sonho é ter um penteado como o do Nuno" - (terá dito) Marcelo Rebelo de Sousa "O Zé precisa do Nuno" - José Sá Fernandes durante um sonho molhado "I me Nuno" - Verdadeiro título de canção dos Beatles
sábado, janeiro 13, 2007
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