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sexta-feira, dezembro 07, 2007

A época de F1 em 2007 (para leigos) - Red Bull Racing

O Tio Dave no meio da dunas do Bahrein

A maior parte das pessoas simpatiza com a publicidade televisiva da Red Bull. O problema (para a Red Bull) é que acha-se os bonecos castiços, mas só mesmo alguns grupos é que irão comprar a célebre bebida energética, nunca constituído uma alternativa aos refrigerantes "normais" como colas, lima-limão ou sumos (viram, não citei marcas...).
Assim é a equipa de F1 do gigante austríaco. De certeza que é a equipa com a presença mais cool no seio do paddock e tem uma ambição comparada à quantidade de cafeína que se pode encontrar numa lata da citada bebida. Mas tal como no mercado em geral (não vamos falar em quotas de mercado específicas, pois aí arrasam), também a equipa de F1 não é A referência.
2007 era mais um passo em frente para a equipa constuída sobre as antigas Stewart e Jaguar. O RB3 era o primeiro carro a sair da pena de Adrian Newey, os motores Renault substituiam os Ferrari e Mark Webber iria ocupar o lugar ao lado do veterano David Coulthard. Fosse tudo linear e poderia ter sido um ano em grande para a RBR.
Mas não foi. Cedo se viu que o RB3 era um carro rápido, mas com sérios problemas de fiabilidade, sendo talvez a máquino do plantel que mais desisitências proporcionou ao longo do ano. Foi notório de que Adrian Newey sozinho, sem uma figura tutelar como teve em Patrick Head ou nas reuniões técnicas da McLaren, exagera na criatividade, apostando em conceitos demasiado arriscados que comprometem a fiabilidade do bólide. Por muitas vezes este ano Coulthard e Webber viram-se arredados de bons resultados devido à fraca resistência dos RB3.
O que é pena, pois muitas vezes carros e pilotos demonstraram ser capazes de almejar bons resultados, muitas vezes medindo meças e superando os Renault, que dispunham de uma unidade motriz "igual" (afinal de contas, quem é a equipa oficial?). Coulthard foi o piloto com mais pontos, mas a estrela da equipa acabou por ser Mark Webber, que bateu o veterano escocês em quase todas as sessões qualificativas, mas que se viu mais vitimado pelas falhas mecânicas e o engano de Vettel no Japão, que o privou de uma eventual discussão pela vitória. Ainda assim, o australiano proporcionou o único pódio do ano (e o segundo na história da equipa) no GP da Europa, onde Coulthard também pontuou, constituindo assim o melhor resultado da escuderia detida por Dietrich Mateschitz. Coulthard ele próprio primou pela regularidade, mas de uma forma em que algumas vezes os críticos questionaram, e com razão, acerca da validade da sua permanencia por mais épocas na F1. Claro que nas alturas de renovar o contrato, o senhor acelera e assim lá engana os directores outra vez...

Para 2008:
Tendo em conta a actual novela à volta de Fernando Alonso e qual a equipa para a qual ele pilotará em 2008, não me apetecia fazer já um juízo sobre os pilotos que pilotarão para a RBR, pois apesar dos desmentidos das duas partes, temos que ver que a RBR não perde uma oportunidade para criar mais publicidade, e se calhar não desdenharia ter o bi-campeão espanhol somente por uma época. Na eventualidade de Alonso assinar pela equipa, quem leva os patins será Coulthard. Que mesmo que não se dê o cenário Alonso, deverá ter 2008 como a sua última época de F1, mais a mais agora que Webber está ainda mais entrosado com a equipa (ele que já tinha pilotado para aquela estrutura, no tempo da Jaguar).
O RB4 já não deverá repetir os erros do carro deste ano, esperando-se que a chegada de Geoff Willys possa ter uma boa acção sobre Adrian Newey.
E claro, as pitbabes mais espectaculares continuarão a ser da responsabilidade da equipa de RP da escuderia...

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